São descobertas pinturas rupestres em Alagoinha do Piauí

 Os moradores de uma localidade, há 30 km de Alagoinha, PI, descobriram pinturas rupestres das mais diversas formas e tamanhos há mais de 20 anos, porém só em 2017 passou a ser divulgado na mídia. A região, além de ser distante da cidade, fica bem escondida, numa estrada carroçal e de difícil acesso, localizada dentro de uma propriedade particular no meio da mata, rodeada de grandes formações rochosas.

Imagens cedidas por Samuel Nascimento

José Adão, filho do ex-vereador Adão Neném e de Dona Graziela, proprietários do local onde se encontram as pinturas, foi o primeiro a ter contato com essas pinturas, porém, apenas em meados de 2017, foram divulgadas por Clecionarton Teixeira, acadêmico de história da UFPI e Cleiane, moradora da região.

Imagens cedidas por Samuel Nascimento

A partir da divulgação dessas pinturas nas redes sociais, houve grande interesse da mídia e de pesquisadores do Crato – CE, em dar visibilidade a elas, ainda no ano de 2017, porém, mesmo com toda essa divulgação, não houve investimentos para explorar turisticamente a região na época.

Imagens cedidas por Samuel Nascimento

Agora em 2021, enquanto assessor técnico da prefeitura de Alagoinha, lotado na secretaria municipal de cultura, o escritor, poeta e pesquisador Samuel Nascimento, juntamente com o historiador Honorato Lima, Clecionarton, Cleiane e o acadêmico de história, Fransuer Alencar, se uniram para divulgar e preservar o local, com o apoio do atual prefeito Jorismar Rocha (PT).

Fransuer Alencar em primeiro plano, Honorato Lima, Samuel Nascimento e
Clecionarton Teixeira ao fundo – Foto cedida por Samuel.

A intenção é angariar apoios e projetos de preservação, fazer do local um espaço de pesquisa e turismo, com as devidas precauções que essa atividade determina. Também é uma forma de trazer recursos financeiros para o município através da exploração de universidades tornando o local um laboratório para pesquisas antropológicas.

Adão Neném e Dona Graziela, proprietários do local.- Foto cedida por Samuel.

O local é de riquíssimo valor arqueológico, não tendo uma datação exata do período histórico das civilizações antigas que habitaram a região e, a partir desses estudos que serão feitos por arqueólogos e historiadores, poderá ser criado, quem sabe, um sítio arqueológico, porém nenhuma universidade ainda não realizou estudos concretos no local, apenas fizeram visitas para mapear a área.

Segundo Samuel Nascimento, “ É importante lutar para trabalhar o local de uma forma que nos dê segurança para tornar aquele espaço um sítio arqueológico, é uma bandeira que a sociedade e o poder público estão abraçando, quanto mais visibilidade tiver, mais universidades se interessarão em estudar, pois se não houver esse interesse, um dia serão destruídos ou pela força humana ou pela própria natureza”, comentou.

Vale ressaltar que tamanha descoberta pode trazer muitos investimentos à região, caso seja explorado de forma sustentável, garantido renda para os moradores e muito material para pesquisas sobre nossos antepassados.

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