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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Por que as séries são supervalorizadas e as novelas demonizadas

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É notável que o brasileiro adora sentar em frente a TV para assistir algum programa de entretenimento, em especial novelas e séries. Há alguns anos, a "galinha dos ovos de ouro" das emissoras de TV aberta, o gênero novela, passou por muitas transformações e o seu público também. Desde o fim da década passada, de 2009 para 2010, começaram a surgir e bombar mundialmente as plataformas de streaming, oferecendo uma infinidade de séries de vários gêneros diferentes, o que angariou o público mais jovem e de classe média. As novelas vêm se tornando sinônimo para pessoas de classe mais baixa que não podem assinar Netflix, Amazon ou GloboPlay, no entanto, atualmente, estão cada vez mais híbridas: uma junção do formato série com o velho e bom folhetim. Com capítulos cada vez mais curtos em duração, tendo em vista que na década passada, as novelas tinham em média 180 a 220 capítulos e duravam 9 meses no ar, atualmente tendem a ter no máximo 160 a 150 capítulos e duram 5 a 6 meses no

Renata Ventura: a J.K Rowling brasileira

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A escritora e jornalista carioca, Renata Ventura, de 34 anos, vem ganhando espaço no cenário literário nacional, devido sua obra ser abertamente inspirada no universo mágico da autora britânica J.K.Rowling, criadora da saga do bruxo que atravessou gerações: Harry Potter.  Desde muito jovem, Renata gostava de ler tanto fantasia e aventura quanto tratados filosóficos, biografias, livros de política e história, e tudo isso acabou passando para seus livros, enriquecendo-os para além da fantasia de suas tramas. Ela  cursou os primeiros anos de escola no Centro Educacional da Lagoa (CEL). Aos dez anos de idade, quando já estudava no Colégio Andrews, escreveu seu primeiro livrinho de espionagem com uma amiga (nunca publicado, por motivos óbvios). Era uma aventurazinha com duas meninas protagonistas, mas que já continha um forte conteúdo histórico, mencionando a Crise dos Mísseis de Cuba e outros assuntos políticos. Foto: reprodução perfil da autora no Facebook O tempo foi passa

Websérie Se a rua 2 falasse é sucesso de público

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Se tratando de novas alternativas de entretenimento, em especial de plataformas digitais como  o Youtube, que sabendo ser seletivo(a), pode oferecer conteúdo de primeira qualidade como das grandes emissores de TV aberta ou streamings. A entrevista da vez foi com os criadores da Websérie Se a rua 2 falasse , disponível no canal Meu Sobrenome é Vida . "O canal surgiu faz pouco mais de 5 meses e foi criado com a proposta de fazer algo que tivesse uma identidade, que falasse daquilo que acreditamos, que contasse histórias de uma “minoria” que não é retratada como se deve…nos grandes veículos de comunicação.  Queríamos contar histórias de gente como eu, como você que ler este texto… historias de gente real. Que chora, sente, que sorrir" , relatou Emerson Ghaspar, roteirista das webséries do canal. Foto: reprodução Instagram do canal A websérie citada em questão, até o momento tem oito episódios postados com alcance de mais de duzentos mil visualizações , somados

Telemilênio: a aposta do entretenimento alternativo

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A Telemilênio nasceu há 11 anos e, durante a sua trajetória, teve importantes conquistas. No inicio, as produções aconteciam somente em Nova Friburgo e, a exibição, em cerca de 160 cidades do país, através de emissoras regionais. Porém, no ano de 2012 foi formado um elenco no Rio de Janeiro.  A   partir daí produções simultâneas foram gravadas e a exibição passou a acontecer em todo o território nacional, através da CineBrasilTV. O ápice da Telemilênio aconteceu em 2015, com a explosão de “Invisibilia”, que soma mais de 1 milhão e meio de acessos na internet e tem, hoje, uma legião de fãs que se emocionaram com a história.   Alguns talentos que hoje brilham em diversas emissoras já passaram pela Telemilênio. Brenno Leone interpretou o responsável Sony, de Alquimia. Pouco tempo depois, o jovem ator assinou com a Rede Globo. Malu Falangola, protagonista de Suburbanda, também assinou com a rede carioca e hoje brilha na novela Malhação. Louise Marrie, que atuou em Invisibilia e

Reflexões sobre os custos de produção dos livros nacionais

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A sensação de que o preço do livro é alto deriva não de um aumento real do preço do produto, que se tornou mais barato num momento de aumento de renda dos mais pobres. Ou seja, havia um duplo movimento que favoreceria a percepção do barateamento do livro. Essa percepção não se materializa por uma pressão contrária: nos últimos anos o capitalismo não apenas nos tomou tempo de lazer para transformá-lo em trabalho, mas tomou também tempo de descanso para transformá-lo, por meios digitais, em consumo. Foto: reprodução internet A final, o livro é caro ou barato? O que determina a percepção de preço e de valor do livro no mercado brasileiro? A questão frequentemente é tratada de modo impressionista ou excessivamente objetiva, sem espaço para dimensões outras que as avaliadas quantitativamente.  Uma reportagem recente  do jornal gaúcho  Zero Hora , sem apresentar esses dados, no entanto, não hesitou em afirmar em seu lide: “Há um consenso entre os leitores: o preço do livro dev

André Zaady: as novas possibilidades do cinema independente no Brasil

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O cinema nacional, apesar de inúmeros ataques promovidos ao setor, principalmente pelo atual governo, que enxerga a cultura como algo ruim, vem crescendo consideravelmente e ganhando destaque aqui e no exterior, inclusive com premiações importantes. Essa semana, no último dia 11 (quarta-feira), foi a estreia do longa Amor Fluido , produção de André Zaady.  Foto: reprodução Instagram / perfil do cineasta Em entrevista exclusiva ao blog, o cineasta André Zaady, de 31 anos, atualmente residente em Aracaju- SE, canceriano arretado e adora yakisoba, nos relatou que não se sente representado pelo atual governo: "Não é um governo que olha para as minorias. Enquanto o Estado é laico, o governo não está preparado para lidar com essas minorias moral e intelectualmente". Amor Fluido é seu primeiro filme de temática homoafetiva e também seu primeiro drama romântico: "Fico feliz que outros filmes que abordam esses assuntos ganhem espaço no cinema nacional e internaci

Escritor Paulo Coelho diz não ter medo de perder leitores por criticar Bolsonaro

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O escritor brasileiro Paulo Coelho, conhecido por suas obras filosóficas e de autoajuda, com mais de 325 milhões de livros vendidos, um bilhão de leitores em 150 países e 50 milhões de seguidores nas redes sociais, diz não ter medo de perder leitores por criticar o atual governo.                     Foto: BBC Brasil "Um delírio. Um Brasil totalmente polarizado se encaminhando para o mesmo clima de terror da ditadura", desabafou em entrevista à BBC  Brasil.  Coelho foi preso e torturado por três meses, pela ditadura, em 1974, e relembra que foi a pior época da sua vida. "O compromisso histórico é não ficar calado. Eu tenho que falar. Vou perder leitores? Não sei e não me importa. Se o passado se repete no presente, já não é mais passado, é presente", comentou, temeroso com os rumos que o país vem tomando. Fonte: BBC Brasil Reescrita por Patrick Álisson de Sousa

Escritora Adriana Alvarenga publica mais um livro de contos

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O lançamento do mais novo conto da autora Adriana Alvarenga, de 43 anos e natural de Atibaia -SP, aconteceu no último sábado (07/12), às 16h, no Trampolim Startup Café, em São Paulo - SP, numa cerimônia para autores da coletânea e leitores.           Foto: arquivo pessoal da escritora A antologia de contos, intitulada Contos de Natal, organizada por Daniel  Moraes, traz como tema histórias natalinas que busquem reativar a afetividade perdida nas pessoas, tão comum nessa época do ano.  "Contos de Natal" é uma antologia composta por 30 contos de  autores de várias partes do Brasil. O livro, que já foi um sucesso ano passado, agora está no seu volume 2, publicado pela Lura Editora. O conto da autora Adriana, intitulado de Uma noite especial, se trata de uma história real que se passou com a mãe dela: "Ela teve um câncer de mama diagnosticado em 2013, onde eu fui acompanhante dela em todo o processo de tratamento", comentou.       Foto: ar

Ancine retira filmes nacionais de site oficial e murais

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Não foi só com falta de recursos que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) deixou de apoiar as produções nacionais. Sabe-se lá por quê, a agência agora parou de mostrar em seu site e em seus corredores os cartazes de filmes nacionais que estão em exibição nos cinemas.             Foto: reprodução internet O acontecimento vem poucas semanas depois do presidente Jair Bolsonaro nomear o apresentador, pastor e jornalista Edilásio Barra foi nomeado para gerir o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O FSA é responsável é uma categoria específica do Fundo Nacional da Cultura destinada ao desenvolvimento da indústria audiovisual brasileira. Instituído em 2006, seus recursos são provindos pela Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) e pela Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações). Em 2018, o Fundo Setorial movimentou mais de 800 milhões de reais. Em 2019, essa categoria já movimentou mais de 390 milhões (segundo dados da