O que o Oscar tem contra o cinema brasileiro?
O cinema nacional tem grande potencial econômico, criativo e cultural, movimenta bilhões de reais no setor e emprega cerca de 100 mil pessoas direta e indiretamente, segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema).
Foto: reprodução internet
Já tivemos várias produções indicadas, como o Pagador de Promessas (1963), O beijo da mulher aranha (1986), O quatrilho (1996), O que é isso, companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999), tendo inclusive Fernanda Montenegro indicada a melhor atriz, Cidade de Deus (2004) e, esse ano de 2020, o documentário de Petra Costa, Democracia em Vertigem. O filme Orfeu Negro ganhou a estatueta dourada em 1960, como melhor filme estrangeiro, mas representando a França, não o Brasil.
Em 2019, o elogiadíssimo Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, vencedor do Palma de Ouro, também figurou como um forte candidato a indicação do Oscar, mas infelizmente não rolou.
A vida Invisível, de Karina Ainouz, chegou a estar na lista de produções estrangeiras, mas não foi classificada para fase seguinte do Oscar. O filme Minha Mãe é Uma Peça 3, de Susana Garcia, já é a maior bilheteria da história do cinema nacional, com 5 milhões de espectadores, 137,9 milhões de reais arrecadados, superando, portanto, Nada a Perder, biografia de Edir Macedo que detinha a marca histórica. No entanto, apesar do êxito, Minha Mãe é Uma Peça 3 não foi indicado a premiação em fevereiro.
Apesar da relevante ascensão do cinema nacional, ainda faltam investimentos no setor audiovisual e de entretenimento, que possa garantir produções com qualidade digna de Hollywood. Se bem que a atual conjuntura cultural não é muito favorável, pois temos um governo que acha desnecessário investir no cinema.
Por Patrick Álisson de Sousa
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